29 de junho de 2011

Dança Eficiente se apresenta em Fortaleza



O projeto Dança Eficiente, dar continuidade a circulação por espaço público com acessibilidade as pessoas com deficiencia. Sabemos da existência de uma lei que garante direito do cidadão de ir e vir, sabemos também que esse direito não é garantido em muitos espaços e também que as cidades não foram feitas paras as pessoas com deficiencia. Precisamos mudar esse quadro e o espetáculo "Meu corpo não é mudo" representa um grito forte nessa luta pala inclusão das pessoas cadeirantes. Com o circuito que se inicio na segunda e segue até sexta realizamos a segunda parte do projeto que é justamente circular por cinco espaços público que tenham acesso as pessoas com deficiencia, todos lugares escolhidos assim foram por estarem aptos a receberem a dança feita por cadeirante e dessa forma retribuímos com arte pelo direito adquirido, mesmo que de forma parcial.

"Os corpos que dançam se movimentam com sentimento e precisão, eles desenvolvem de forma graciosa seus bailados. Ouvem o ritmo e executam a movimentação dentro da melodia. Compreendem muito bem as sequencias e as desenvolve com muita harmonia. Usam cadeiras de rodas, têm a musculatura muito disponível, mesmo às vezes não respondendo seus comandos. É verdade que às vezes precisam de uma mãozinha. Mais quem de nós não precisa?" (Val Mimbó)

Elenco: Leonor, Meirilane Dutra, Mazé Alves e Luis Carlos Vale
Direção: Valdemar Santos
Figurino: Danilo França
Arte Gráfica: Luciano Brandão
Concepção: Luis Carlos Vale, Valdemar Santos e Cia. Dança Eficiente
Produção: João Vasconcelos
Realização: Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ)

Circuito "Meu corpo não é mudo"

O projeto Dança Eficiente, dar continuidade a circulação por espaço público com acessibilidade as pessoas com deficiencia. Sabemos da existência de uma lei que garante direito do cidadão de ir e vir, sabemos também que esse direito não é garantido em muitos espaços e também que as cidades não foram feitas paras as pessoas com deficiencia. Precisamos mudar esse quadro e o espetáculo "Meu corpo não é mudo" representa um grito forte nessa luta pala inclusão das pessoas cadeirantes. Com o circuito que se inicio na segunda e segue até sexta realizamos a segunda parte do projeto que é justamente circular por cinco espaços público que tenham acesso as pessoas com deficiencia, todos lugares escolhidos assim foram por estarem aptos a receberem a dança feita por cadeirante e dessa forma retribuímos com arte pelo direito adquirido, mesmo que de forma parcial.



Esse circuito tem nos dado muita visibilidade e nos permitido mostrar nosso trabalho que já vem sendo desenvolvido desde 2005. Seis anos depois temos mais maturidade e experiencia. Já vivenciamos muitas situações prazerosas e conseguido a valorização da pessoas com deficiencia, assim como abrimos espaço para que essas pessoas mostrem seus potenciais artísticos a população em geral.



Meu corpo não é mudo fecha essa primeira temporada com apresentação no Shopping da Cidade amanhã, quinta 30 de junho as 9h. Com Patrocínio do Sistema Estadual de Incentivo a Cultura-SIEC, Governo do Estado e FUNDAC.

26 de junho de 2011

O projeto Dança Eficiente retoma suas atividades com patrocínio do Sistema Incentivo Estadual de Cultura (SIEC) para circular por cinco prédios públicos de Teresina com acesso para pessoas com deficiência o espetáculo "MEU CORPO NÃO É MUDO" a circulação acontece nos seguintes lugares: Palácio da Música, Passeio da Frei Serafim, Assembléia Legislativa, Shopping da Cidade e Teatro 4 de Setembro. Essa foi a forma encontrada para falar de acesso as pessoas com deficiência, garantido por lei e não cumprido pela maioria dos estabelecimentos. Valorizando dessa forma os espaços que cumprem a lei e garante nosso acesso.

O Projeto Dança Eficiente existe desde 2005 é uma Parceria da Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ) e Associação de Cadeirantes do Município de Teresina (ASCAMT), têm coordenação e idealização dos bailarinos Valdemar Santos e Luis Carlos Vale. A proposta principal do projeto é trabalhar com dança contemporânea por meio de corpos distintos. Estamos repletos de sentimentos e sensações. “Meu corpo não é mudo” tem estréia dia 27 de junho as 19h no Palácio da Música, é um espetáculo de possibilidades e descobertas, onde cada movimentação traz um outro olhar para os corpos que dançam. Corpos repletos de limitações (quem não as tem?) e infinitas possibilidades (quem não as tem?). Buscamos desenvolvermos nossa dança de forma singular, harmônica, em sintonia com os outros corpos e as musicas. Acreditamos na diferenças encontradas nos nossos corpos como meios propícios, para o surgimento de uma dança cada vez mais intima e particular que possa expressar nossas sensações, indagações e desejos.


Os textos da Clarice Lispector abrem espaço para explorarmos os corpos em outra perspectiva, a dança clássica foi base, buscamos na movimentação rígida e na precisão de sua execução, meios de adaptá-los aos corpos que temos disponíveis, um verdadeiro exercício de descobertas dos corpos e suas potencialidades, a trilha com grandes clássicos da humanidade foi perfeita para exploração dos movimentos.


“Não quero ter a terrível limitação de quem só vive do que é passível de ser vivido, eu não. Quero uma verdade inventada.” (Clarice Lispector)

"Os corpos que dançam se movimentam com sentimento e precisão, eles desenvolvem de forma graciosa seus bailados. Ouvem o ritmo e executam a movimentação dentro da melodia. Compreendem muito bem as sequencias e as desenvolve com muita harmonia. Usam cadeiras de rodas, têm a musculatura muito disponível, mesmo às vezes não respondendo seus comandos. É verdade que às vezes precisam de uma mãozinha. Mais quem de nós não precisa?" (Val Mimbó)

Elenco: Leonor, Meirilane Dutra, Mazé Alves e Luis Carlos Vale
Direção: Valdemar Santos
Figurino: Danilo França
Arte Gráfica: Luciano Brandão
Concepção: Luis Carlos Vale, Valdemar Santos e Cia. Dança Eficiente
Produção: João Vasconcelos
Realização: Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ)









Lançamento meu corpo não é mudo (dança eficiente, piauí, brasil



O projeto Dança Eficiente retoma suas atividades com patrocínio do Sistema Incentivo Estadual de Cultura (SIEC) para circular por cinco prédios públicos de Teresina com acesso para pessoas com deficiência o espetáculo "MEU CORPO NÃO É MUDO" a circulação acontece nos seguintes lugares: Palácio da Música, Passeio da Frei Serafim, Assembléia Legislativa, Shopping da Cidade e Teatro 4 de Setembro. Essa foi a forma encontrada para falar de acesso as pessoas com deficiencia, garantido por lei e não cumprido pela maioria dos estabelecimentos. Valorizando dessa forma os espaço que cumprem a lei e garante nosso acesso.

25 de junho de 2011


O projeto Dança Eficiente retoma suas atividades com patrocínio do Sistema Incentivo Estadual de Cultura (SIEC) para circular por cinco prédios públicos de Teresina com acesso para pessoas com deficiência o espetáculo "MEU CORPO NÃO É MUDO" a circulação acontece nos seguintes lugares: Palácio da Música, Passeio da Frei Serafim, Assembléia Legislativa, Shopping da Cidade e Teatro 4 de Setembro. Essa foi a forma encontrada para falar de acesso as pessoas com deficiência, garantido por lei e não cumprido pela maioria dos estabelecimentos. Valorizando dessa forma os espaços que cumprem a lei e garante nosso acesso.


O Projeto Dança Eficiente existe desde 2005 é uma Parceria da Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ) e Associação de Cadeirantes do Município de Teresina (ASCAMT), têm coordenação e idealização dos bailarinos Valdemar Santos e Luis Carlos Vale. A proposta principal do projeto é trabalhar com dança contemporânea por meio de corpos distintos. Estamos repletos de sentimentos e sensações. “Meu corpo não é mudo” tem estréia dia 27 de junho as 19h no Palácio da Música, é um espetáculo de possibilidades e descobertas, onde cada movimentação traz um outro olhar para os corpos que dançam. Corpos repletos de limitações (quem não as tem?) e infinitas possibilidades (quem não as tem?). Buscamos desenvolvermos nossa dança de forma singular, harmônica, em sintonia com os outros corpos e as musicas. Acreditamos na diferenças encontradas nos nossos corpos como meios propícios, para o surgimento de uma dança cada vez mais intima e particular que possa expressar nossas sensações, indagações e desejos.


Os textos da Clarice Lispector abrem espaço para explorarmos os corpos em outra perspectiva, a dança clássica foi base, buscamos na movimentação rígida e na precisão de sua execução, meios de adaptá-los aos corpos que temos disponíveis, um verdadeiro exercício de descobertas dos corpos e suas potencialidades, a trilha com grandes clássicos da humanidade foi perfeita para exploração dos movimentos.


“Não quero ter a terrível limitação de quem só vive do que é passível de ser vivido, eu não. Quero uma verdade inventada.” (Clarice Lispector)

"Os corpos que dançam se movimentam com sentimento e precisão, eles desenvolvem de forma graciosa seus bailados. Ouvem o ritmo e executam a movimentação dentro da melodia. Compreendem muito bem as sequencias e as desenvolve com muita harmonia. Usam cadeiras de rodas, têm a musculatura muito disponível, mesmo às vezes não respondendo seus comandos. É verdade que às vezes precisam de uma mãozinha. Mais quem de nós não precisa?" (Val Mimbó)

Elenco: Leonor, Meirilane Dutra, Mazé Alves e Luis Carlos Vale
Direção: Valdemar Santos
Figurino: Danilo França
Arte Gráfica: Luciano Brandão
Concepção: Luis Carlos Vale, Valdemar Santos e Cia. Dança Eficiente
Produção: João Vasconcelos
Realização: Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ)

23 de junho de 2011

OFICINAS DE FÉRIAS

Organização Ponto de Equilíbrio
Programação Oficinas de Férias
Julho/2011

Teatro – Segunda e Quarta – 14h às 16h – 16 vagas.

Circo – Segunda – 16h às 18h – 12 vagas.

Dança Contemporânea – Segunda e Quarta – 19h às 20h – 16 vagas.

Ballet – Terça e Quinta –15h às 17h – 18 vagas.

Capoeira – Terça e Quinta – 17h às 18h – 22 vagas.

Dança Afro – Terça e Quinta – 18h às 19h – 18 vagas.

Hip-hop – Terça e Quinta – 19h às 20h – 20 vagas.

Jazz – Quarta e Sexta – 16h às 18h – 15 vagas.

Música – Sexta – 18h às 19h – 15 vagas.

Dança de Salão – Sábado – 15h às 16h – 20 vagas.

17 de junho de 2011

Projeto Dança Eficiente, estréia "Meu corpo não é mudo" 27/06 as19h no Palácio da Música em Teresina-Piauí

O projeto Dança Eficiente retoma suas atividades com patrocínio do Sistema de Incentivo Estadual de Cultura (SIEC) para circular por cinco prédios públicos de Teresina com acesso para pessoas com deficiência, o espetáculo "MEU CORPO NÃO É MUDO" a circulação acontece nos seguintes lugares: Palácio da Música, Passeio da Frei Serafim, Assembléia Legislativa, Shopping da Cidade e Teatro 4 de Setembro. Essa foi a forma encontrada para falarmos de acesso as pessoas com deficiencia, garantido por lei e não cumprido pela maioria dos estabelecimentos. Valorizando dessa forma os espaços que cumprem a lei e garantem nosso acesso.

O Projeto Dança Eficiente existe desde de 2005 é uma Parceria da Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ) e Associação de Cadeirantes do Município de Teresina (ASCAMT), tem coordenação e idealização dos bailarinos Valdemar Santos e Luis Carlos Vale. A proposta principal do projeto é trabalhar com dança contemporânea por meio de corpos distintos em especial cadeirantes e mulheres adultas. Estamos repletos de sentimentos e sensações nosso corpo é uma máquina feita para se mover (dançar). "Meu corpo não é mudo" tem estréia dia 27 de junho as 19h no Palácio da Música, é um espetáculo de possibilidades e descobertas, onde cada movimentação traz um outro olhar para os corpos que dançam. Corpos repletos de limitações (quem não as tem?) e infinitas possibilidades (quem não as tem?). Buscamos nossa dança de forma singular, harmônica, em sintonia com os outros corpos e as musicas. Acreditamos que as diferenças encontradas nos nossos corpos, são meios propícios para o surgimento de uma dança cada vez mais intima e particular e possa expressar nossas sensações, indagações e desejos.  


Os textos da Clarice Lispector abrem espaços para explorarmos os corpos em outra perspectiva, é como se ouvíssemos o que sabemos e precisamos sempre ouvir. A dança clássica foi base corográfica, buscamos na movimentação rígida e na precisão de sua execução, meios de adaptá-los aos corpos que temos disponíveis, um verdadeiro exercício de descobertas corporais e suas potencialidades, a trilha com grandes clássicos, foi perfeita para exploração dos movimentos.


"Não quero ter a terrível limitação de quem só vive do que é passível de ser vivido, eu não. Quero uma verdade inventada." (Clarice Lispector)

"A bailarina que dança se movimenta com sentimento e precisão, ela desenvolve de forma graciosa seu bailado. Ouve o ritmo e executa a movimentação dentro da melodia. Ela compreende muito bem as sequencias e as desenvolve com muita harmonia. Ela usa uma cadeira de rodas no lugar das pernas, tem a musculatura muito disponível que muitas vezes não responde seu comando. É verdade que as vezes precisa de ajuda para sair do lugar, ou mesmo de outra parte do corpo para mover. Nenhum corpo é mudo." (Val Mimbó).

Elenco: Leonor, Meirilane Dutra, Mazé Alves e Luis Carlos Vale
Direção: Valdemar Santos
Concepção: Luis Carlos Vale, Valdemar Santos e Cia. Dança Eficiente
Realização: Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ)




10 de junho de 2011

MEU CORPO NÃO É MUDO 2011





PROJETO EM PARCERIA DA ORGANIZAÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO (OPEQ) E ASSOCIAÇÃO DOS CADEIRANTES DO MUNICÍPIO DE TERESINA (ASCAMTE)

LANÇAMENTO DIA 27 DE JUNHO AS 19H MO PALÁCIO DA MUSICA.

PATROCÍNIO: SISTEMA ESTADUAL DE INCENTIVO A CULTURA (SIEC) GOVERNO DO ESTADO E FUNDAC
IDEALIZAÇÃO: LUIS CARLOS VALE E VALDEMAR SANTOS
DIREÇÃO: VALDEMAR SANTOS
COREOGRAFIA: VALDEMAR SANTOS E LUIS CARLOS VALE
PRODUÇÃO EXECUTIVA: JOÃO VASCONVELOS
REALIZAÇÃO: ORGANIZAÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO (OPEQ) E ASSOCIAÇÃO DOS CADEIRANTES DO MUNICÍPIO DE TERESINA
CONTATOS: (86) 8838 5099
opeqpi@gmail.com
ongpontodeequilibrio.blogspot.com
edição de imagens: val mimbó

2 de junho de 2011

Piauí Dança no Ceará 2011

PIAUÍ DANÇA CEARÁ 2011 (REALIZADO, AVALIADO E REVISADO)

É louvável e gratificante quando vemos um projeto como o Piauí Dança Ceará ser realizado de forma brilhante. Primeiro por juntar de forma inédita sessenta artistas do Piauí para promover um mostra de dança no Ceará. Segundo por esse projeto ser idealizado e executado por artistas independentes com base no trabalho pelo coletivo. Na atual conjuntura, onde o poder público discute com a classe artística formas de termos autonomia produtiva, iniciativas coletivas como essa mostram que, de fato, é possível se mobilizar e realizar grandes feitos para nossa cultura a partir dos artistas. A proposta não é assumir o lugar de “executores exclusivos de cultura”, porém proporciona um lugar de destaque dentro do processo de construção das iniciativas voltadas à cultura. A Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ) entende que para atingirmos um espaço propício de produção, fruição de produtos artísticos, pensamentos favoráveis ao desenvolvimento sustentável dos artistas é necessário planejamento, dedicação e profissionalismo. Entendo o profissional não só como pessoa que vive financeiramente de sua profissão, mas como trabalhador de cultura e, por tanto, partícipe indispensável na construção de melhoria da classe. Pode parecer óbvio, mas o que vemos por aqui ao longo dos anos é a realização de ações que não foram pensadas pelos artistas, e que geralmente sem a preocupação de disponibilizar recursos que facilitem de forma digna o exercício do profissional/artístico. O Piauí Dança Ceará como uma realidade nos fez acreditar ainda mais que é possível se articular e organizar com alto nível profissional uma ação que rompe fronteiras geográficas e abre um horizonte de possibilidades profissionais.




foto: Kelly Araújo


O processo histórico do Piauí passa por etapas nem tão lícitas. Fomos invadidos, mataram nossos índios e nos obrigaram por muitos anos a viver no limite territorial. Nos educaram a não gostar de política e a não acreditar em planejamento. “Deus sempre sabe o que faz!”. 251.698 Km² (Duzentos e cinquenta e um mil, seiscentos e noventa e oito quilômetros quadrados). Somos o terceiro maior Estado do Nordeste com uma extensão território que ocupa 16,16% (dezesseis vírgula dezesseis por cento) do território regional e 2,95% (dois vírgula noventa e cinco por cento) do território nacional. Somos hoje 3.119,000 (três milhões cento e dezenove mil) habitantes. Entender isso é importante, valorizar isso é fundamental. É impossível e inadmissível não enxergar nossa coragem e ousadia em assumir nosso lugar de agitadores culturais, nos produzindo e garantindo espaço para mostrar nosso trabalho. O trecho do nosso hino composto por meu conterrâneo e contemporâneo Da Costa e Silva tem nossos objetivos ditos em forma de verso: “Possas tu, no trabalho fecundo E com fé, fazer sempre melhor, Para que no concerto do mundo O Brasil seja ainda maior. Possas tu, conservando a pureza Do teu povo leal, progredir Envolvendo na mesma grandeza O passado, o presente e o porvir.”



 foto: Kelly Araújo






O Piauí Dança representa por tanto uma nova perspectiva de futuro, deslumbra um lugar com mais possibilidades de troca e trabalho em classe. É muito importante salientar que todas as ações conjuntas propostas pela OPEQ tem como base o conjunto, o limite de cada indivíduo, o respeito à diversidade e ao artista em especial. Entendemos a cada realização que essa é uma visão moderna que nos tira do casulo e nos coloca com outros mundos e realidades bem diferentes. Somos levados a conviver e a assistir aos colegas de profissão, conversar, criticar e avaliar o trabalho dos outros, contribuindo da nossa forma e dentro de nossas possibilidades. Precisamos entender de individual pra pensar em coletivo. O Piauí Dança Ceará é, portanto, um espaço onde exercemos essas relações, e criamos conexões positivas. Desde 1823 (mil oitocentos e vinte e três) estamos na luta por nossa independência. Anos depois, tudo mudou muito, inclusive novos sentidos e o entendimento de independência. Acreditamos no Piauí Dança Ceará como uma nova maneira de entender e buscar independência. A proposta principal dos sessenta artistas que protagonizaram essa iniciativa é apostar no trabalho de classe e entender que juntos podemos mudar qualquer realidade.



Agradecimento:



Aos sessenta artistas do Arte Dança, Coisa de Nego, NAI Dirceu, Companhia Cyntia Layana, Afoxá, Dança Eficiente e Musical Palmares por apostarem e produzirem o projeto PIAUÍ DANÇA CEARÁ.

Ao apoio: Sobrado Doutor José Lourenço, Teatro José De Alencar, Secretaria de Cultura do Ceará, Teatro das Marias, Deputado Fábio Novo, Deputada Juliana Morais Sousa, Deputado Marden Menezes, Deputada Rejane Dias, Deputado Firmino Filho, Sindicato dos Comerciários, Artelaria e outros.



Grato a Kelly Araújo, Micheli Tajra, Sílvia Moura, Artinildes Afoxá, Claudia Simone, Jorjão, Geovano Quadros, Assunção Aguiar, Beth Battali.



Sem os quais não seria possível Luis Carlos Vale, João Vasconcelos, Fran Silva e Zéh Carlos.



Pensando em Torquato Neto digo: “Só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder” Estou mais que satisfeito com tudo, estou realizado!

O Piauí Dança Ceará 2012 já começou. Venha juntar-se a nós.

Assinado: Valdemar Santos, Diretor Artístico da Organização Ponto de Equilíbrio.  

Revisão de texto Abdom Silva

1 de junho de 2011

Por Maneco Nascimento

“Ela” por elas
por maneco nascimento



espetáculo “Ela”, que estreou há um pouco + de três anos, com incentivos da Lei A. Tito Filho, através da Prefeitura de Teresina/Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, assinaturas de Roteiro e Direção de João Vasconcelos e Direção Coreográfica de Valdemar Santos, voltou à cena no último dia 31 de maio de 2011, às 20 horas, no Teatro Municipal João Paulo II.



Dessa volta do estaleiro, a montagem de dança/teatro que, segundo o programa original, “transpõe em seu roteiro fases da mulher universal em que é revisitado o princípio da criação Homem/Mulher desde o nicho primevo(África – berço da humanidade) e aporta no Brasil indígena para em seguida ganhar força recortando o contexto sócio-histórico da revolução industrial (...)” é um muito imberbe espetáculo revisitado.




Natural que haja uma nova visão. Em outro momento e com substituição de bailarinos para a repaginada experiência, mostrada nesse maio de 2011. Á época da estréia, ocorrida com pompas e circunstâncias, tudo foi festejado dentro da estética emblemática, bem depurada, e impacto imagético bem definido.




A dobradinha João Vasconcelos e Valdemar Santos se preservou. No elenco modificado, sobreviveu, da montagem originalElizabeth BáttaliO novo corpo deEla” trouxe as novidades Cleide Fernandomuito segura e eficazBruna Santosestreando profissionalmente sem deixar dúvidas de que foi uma boa escolha ao projeto.




Também compõe essa reestréia Artenildes Afoxá que, com experiência de dança mais livre e de histórico de manifestações afro-descendentes, fica muito aquém do mapa desenhado para uma técnica específica de dança/teatro que se impõe por uma neutralidade dramática econômica e segura, encontrada nas meninas com noções de dança acadêmica.




No corpo de estréiacomo bailarino imposto para o projeto, está Luis do Vale.Personagem chave no contraponto dramático de “Ela”, não consegue dar sangue à arte do fingimento. Ilustra uma imagem sem tônus, nem energia da personagem masculina da dramatização e enfraquece o conjunto. Elas estão por si só. Talvez essaescolha precise ser revista, sob risco da boa experiência do passado cair no pueril.




Mas o “Ela”, de 2011, traz duas crianças que preenchem a cena com mais graciosidade que a performance de 20% do trabalho adultoAlziraRisa e Andresa Báttali refrescam o drama, com propósito dramatúrgico. A inclusão das crianças no ambiente operário, do começo do século 20, atualiza o contexto sociopolítico e denuncia o trabalho infantil.




Os futuros são carregados de memórias confirmadoras do passadoBelchior talvez não tivesse construído memória musical tão legal, como “a felicidade é uma arma quente (...)” (“Saia do meio caminho”), caso não tivesse intertextualizado Beatlestraduzidos por Drummond, em “a felicidade é um revólver quente”. Ninguém está preso ao passado. O passado é parte carne de quem constrói futuros.




O sangue pagão verte-se também de traços divinos e o DNA das memórias é de todos os recortes temporais. Pound e Gaudí deveriam ser leitura obrigatória a quem não acredita no passado. O “Ela” do passado continua sendo a melhor referência para o que se viu nessa nova investida, trazida à cena em 31 de maio último.




O desenho dramático e estético continua fiel ao sinal iniciático quando Elasurgiu. A dramaturgia coreográfica também se impõe. O elenco é que precisa ser melhor depurado, porque senão “Ela” por elas desaparecerá na fogueira das vaidades estabelecidas.


Edição:  Maneco Nascimento  | Fonte:  maneco



Duas Danças






O SESC Amazônia das Artes 2011 trouxe ao palco do Teatro Municipal João Paulo II, na tarde do dia 20 de maio, para público estudantil da região do grande Dirceu, dois espetáculos das cênicas. Resultados de duas companhias distintas, em seus caminhos de nova dança.


O espetáculo do primeiro momento, das 15 horas e 30 minutos, “Palmares”, montagem da Organização Ponto de Equilíbrio – OPEQ, aborda um viés histórico do Brasil afrodescendente, de forma didática e ilustrativa do samba, capoeira, ritos religiosos.


O elenco dançante cumpre bem o papel, tem uma sintonia que vai se fortalecendo com a dialética entre o velho e o novo experimentado. Coreografias horizontalizadas no sentimento do povo negro e sua identidade expandida têm função variável entre o social e o antropológico.


As músicas compostas por Saquá e Ricardo Totte garantem uma energia extra que vem tanto dos poetas escolhidos, entre eles Castro Alves, como das melodias de elaboração de raiz. Os dois músicos presentes desde a estréia da peça musical estão muito à vontade. Os novos integrantes ao grupo de “back vocal”, Jorjão e Cláudia Simone, ainda muito fora da água e terra prometidas.


Jorjão prefere tratar do menos para não comprometer, já a cantora Cláudia Simone, muito empolgada, desvia a atenção do foco principal, os solos e coletivo dos bailarinos. Faz um showzinho à parte, não houvesse limites da direção do conjunto, talvez invadisse a cena. Cria ruídos à comunicação que quer parecer limpa em toda a dramatização musical.


Coreografia e Direção de Valdemar Santos ficam dentro da proposta de release, embora a nova dança aplicada não consiga desviar-se do desenho introjectado do clássico. Mas não fere a arte.


O segundo tratado daquela tarde, “Problema de três corpos”, reúne duas intérpretes-criadoras da Cia. Luzia Amélia. Uma cadeirinha de plástico, cor-de-rosa, e fios de Ariadne costurando o chão de linóleo completam-se com as evoluções das duas bailarinas.


Segundo o release da Cia., “As ações se apresentam como reflexos de acumulações feitas durante a evolução temporal para dar novo significado”. Mover corpos, experimentar planos e penetrar invisíveis. Pulverizar o vazio de notas soltas de corpos em movimento é o que parece ao público comum.


A quem se detenha na cata de ligações direcionais, não as encontra fácil. É um estranhamento, um provocativo do discurso da dança contemporânea fora do círculo aristotélico. Aos de repertórios diversos, meio gesto basta para aproximar qualquer identificação.


Lembra muito projeto, desenvolvido durante algum tempo pelo Núcleo do Dirceu, alcunhado de “Instatâneo”. Dentro da linguagem distanciada de esvaziar + o já pouco preenchido, consegue deixar aberta a porteira da teoria da recepção que encaminha qualquer observador a tirar sua própria conclusão.


“Problema de três corpos” abre uma questão da nova ciência às cênicas para resoluções matemáticas de respostas diversas. E como diz o discurso setentão, de releitura nessa contemporaneidade, “quem não entendeu, que entendesse”.
Edição:  Maneco Nascimento  | Fonte:  maneco

PALMARES NA MOSTRA PIAUÍ DANÇA CEARÁ