26 de janeiro de 2016

Dança Eficiente





O projeto Dança Eficiente foi idealizado por mim (Valdemar Piauí) para promover a dança entre as pessoas com deficiência em 2007 em Teresina-PI.



Desde então realizamos um trabalho que valoriza o corpo e a pessoa com deficiência através da dança contemporânea. Aqui temos alguns trechos desses momentos de criatividade e vivencia corporal, apresentados na Mostra Piauí Dança que aconteceu no Teatro José de Alencar em Fortaleza-CE.



São mulheres que se entregam com a almo ao exercício de emocionar com singularidade dos seus corpos e a pureza das suas movimentações únicas.



É certamente um dos projetos que mais me dão orgulho, principalmente porque hoje a companhia continua trabalhando sua criatividade e sua arte com as próprias rodas.



É sem dúvida um grande marco na dança brasileira, por que inova trazendo para a cena artistas tão especias, que emocionam a todos com a beleza singular dos seus movimentos. E também a energia liberada quando vemos esse exercício de superação e pureza.



Obrigado Dança Eficiente por vcs existirem e acreditarem no meu sonho, que hoje é realidade.

24 de janeiro de 2016

CARNA VAL

Sobre as delícias do "carnaval"

Posso garantir que em qualquer lugar, o carnaval é sempre igual. Sempre tem frevo, muita alegria, engraçadinhos, homens vestidos de mulheres. E o bloco carnavalesco "Sovaco da Asa" aqui em Brasília se assemelha ao Sanatório Geral de Teresina" "Caburé da Madrugada de Amarante" ou "Segura Coisa de Olinda" todos recheados de alegria e descontração.

O carnaval representa um momento profano, profético, patético.

É quando libertamos as fantasias. As alergias somem, faça chuva ou faça sol, lá estaremos consumindo essa alegria verdadeiramente brasileira, com alegrias vulcânicas. Milhares de foliões resistentes que mostram muito bem seus dentes e corpos, seus toques e suas angustias.

Carnaval é um período de delícias, de absurdos deliciosos, de um trabalho de equipe e sugestões. Quais chegarão ilesos quando a carnaval acabar? Ninguém. Pois é impossível sairmos sãos e salvos.

Entrem, peguem suas dispensas. Entrem! A culpa é nossa, o samba é nosso também. Está tudo liberado, vamos amar, cantar, sorrir, exaltar a alegria, vestir muitas fantasias e se libertar de um estado quase escravo para conquistar a felicidade.

Porque salvar vidas? Porque sorrir sem motivo aparente? Porque cantar em coro?

Porquê pra tudo, não existem resposta. As coisas não precisam necessariamente de exigências, de delinquentes. O carnaval é carnal, visceral, ancestral e surreal. É sempre igual em São Paulo, Amarante, ou em Belém. Se assemelham em Teresina, São Luís e no Harém.

O certo é que o carnaval começou e só não vai pro carnaval quem tiver muito mal.



















19 de janeiro de 2016

Dança Afro






OFICINA DE DANÇA AFRO

PERÍODO: dias 22, 25, e 29 de janeiro ás 18h
LOCAL: Usina. Quadra 01, Conj B, Lote 12. SofN Brasília DF

FACILITADOR: Valdemar Piauí tem formação em dança contemporânea, ballet clássico e danças populares. Natural do interior do Piauí, especificamente do Quilombo Mimbó. Atuou em diversas companhias e projetos nas capitais: Teresina, Belém, São Paulo, Rio de Janeiro, e atualmente vive em Brasília.

SOBRE A OFICINA DE DANÇA AFRO: Cada batida representa uma ligação com o passado, e com a movimentação do corpo guardam memórias. A dança afro tem base nos açoites dos tambores, que simbolizam as batidas do coração. Os tambores fornecem a vibração necessária para a execução dos movimentos, que chegam primeiro ao coração e se espalham por todo o corpo, com energia e força, que são as principais características dessa dança.
As danças Africanas expandem o conhecimento sobre a cultura dos negros e aprofundam a vivencia. Pois são aplicadas lições com a possibilidade de arquitetar o corpo para uma guerra, seja capitalista, cultural ou social. Através dos movimentos que são de ataque e defesa, somos fortalecidos a enfrentarmos os desafios da vida cotidiana com alegria e disposição.

OBJETIVOS: Na prática vamos aprender a ver o corpo que dança, como um corpo que revela sexualidade, formas de andar, modos de ser. Uma forma de olhar o corpo negro no país. São manifestações que revelam uma cultura, que preserva os valores dos africanos e indígenas. A circularidade é uma posição que desperta respeito e igualdade. Na roda estamos todos no mesmo nível hierárquico. Por isso muitas danças africanas se desenvolvem em circulo, como o samba, o jongo e a capoeira. Isso é importante, pois quando estamos numa roda, nos colocamos de forma a olhar para os outros e os outros olharem para nós, e saberemos o que estamos fazendo ao mesmo tempo. E dentro da roda existe a energia vital que chamamos de axé.


JUSTIFICATIVA: Dependendo da forma como essa manifestação é apresentada e como a expressão corporal se estabelece, podemos contribuir para minimizar o racismo, pois apresentamos a manifestação com sua riqueza e inteireza. Nesse caso é transmissão de conhecimentos históricos que passam a fortalecer o respeito às atividades de matrizes africanas.