13 de maio de 2013

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I – O AVANÇO DA DANÇA COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM, DIANTE DO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO

I.I – História da Dança

A dança, em sentido geral, caracteriza-se pela arte de mover o corpo e assume papel fundamental nos dias de hoje, enquanto forma de expressão torna-se praticamente indispensável para vivermos presentes, críticos e participantes em sociedade.

Fazendo uma analogia histórica, observa-se que todos os povos, desde a Antiguidade  cultivavam formas expressivas como as danças, os jogos e as lutas. De acordo com VERDERI ( 2009): “O homem primitivo dançava por inúmeros significados: caça, colheita, alegria, tristeza,... O homem dançava para tudo que tinha significado, sempre em forma de ritual.”

Isso nos faz perceber que a dança é realmente uma das artes mais antiga que o homem experimentou. E que ao longo dos anos evoluiu em conceitos, nos fatos sociais e culturais, relevando a relação do homem com o mundo e seus diferentes meios de vida.

Percebemos também que, o movimento dançado foi a primeira forma de expressão emotiva, manifestação dos temores e sentimentos. Logo passou a ser uma cerimonia, espetáculos, celebração, e por fim uma forma de divertimento e aprendizagem.

Podemos observar que a dança foi uma forma de expressão de varios acontecimentos que marcaram época na humanidade, a partir dela o homem pode demonstrar papéis sociais e desempenhar relações dentro de uma sociedade.

Ao longo da história a dança foi associada também ao universo pedagógico, pois além de uma forma de diversão e espetáculo é, de acordo com FERRARI(2003)," educação". Na educação, ela está voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente, favorecendo todo tipo de aprendizado que eles necessitam.

Diante disso, podemos compreender que a dança tem grande valor pedagógico.

Ela possui uma importante ligação com a educação, visto que no universo pedagógico ela auxilia o desenvolvimento do aluno, facilitando sua aprendizagem e resultando na construção do conhecimento. De fato a dança também é um meio de educação, como afirma o autor abaixo.

Nesta perspectiva, PEREIRA (2001) coloca que:

(...)“a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela,pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres (...). Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/ para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade”.

Tal afirmativa nos faz compreender que trabalhar com a dança dentro de uma visão pedagógica vai muito além do que ensinar gestos e técnicas aos alunos. Na verdade trabalhar com a dança permite ensinar, da maneira mais divertida, todo o potencial de expressão do corpo humano. É um ótimo recurso pedagógico para desenvolver uma linguagem diferente da fala e da escrita, e até mesmo aumentar a socialização da turma.

A dança com o passar do tempo foi ganhando cada vez mais espaço na área educacional até chegar aos dias de hoje, porém não é a proposta desta pesquisa relatar toda essa trajetória, mas apenas um breve posicionamento de sua evolução, com finalidade de informação.

Segundo OSSONA (1988), nas antigas culturas a dança teve um caráter de espetáculo, manifestações populares, e na Idade Média passou a ser uma forma de entretenimento das classes altas e as do povo. Segundo a autora, a dança desde a pré-história é uma forma de manifestação, uma “expressão corporal”, que com o passar do tempo, sofreu diversa influências e foi ganhando espaço na educação.

Com isso percebemos que a dança percorreu um longo caminho até obter esse espaço, essa visão de dança como um recurso para a prática pedagógica. Ela sofreu influências tecnológicas, foi também muito influenciada pelas novas condições sociais fazendo surgir novas propostas de arte enquanto forma de educação.

Podemos perceber tais influências no fato de terem surgidos novos recursos musicais e instrumentais, e o fato da sociedade, hoje, ter mais acesso a cultura, o que antigamente era restrito as classes sócias altas.

Tais propostas são até hoje refletidas e discutidas, visto que muitas pessoas ainda vêem a dança como apenas uma forma de diversão, como a autora ressalta acima, “um espetáculo”, com isso esquecem o seu papel pedagógico, suas diversas contribuições enquanto educação.

Durante uma ocasião a dança foi relacionada à Educação Física, chegando a ser incluída na formação desses professores. Esta disciplina tornou-se importante ao longo da época, que em seguida passou a fazer parte dos currículos das licenciaturas de Educação Física em abrangência nacional. O novo currículo confirmou a necessidade do profissional em Educação Física desenvolver competências em termos de dança em suas diferentes manifestações. Também surgem destaques de que o método Dança- Educação Física vinha sendo fortalecido como proposta teórica voltada para a integração do indivíduo como um todo. (www.musica.ahistoria.com.br)

Ainda hoje, encontramos em muitas escolas a dança relacionada com a Educação Física, muitas instituições ainda restringem o uso dessa arte como um recurso pedagógico a ser utilizado em sala de aula, e a oferecem apenas nas aulas de Educação Física, ou ainda como uma atividade extracurricular da escola.

Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do Brasil instituído o ensino obrigatório de Arte em território nacional “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” ( LDB 9394/96 Art. 26 - § 2º)

Tal proposta, como ressaltada na lei, visava o desenvolvimento cultural do aluno a fim de que o mesmo despertasse o interesse pela arte e, automaticamente, a consciência corporal. Porém, ainda encontramos escolas que não possuem a disciplina, pelo fato de não terem professor ou por diversos outros motivos, com isso nossos alunos continuam com uma visão cultural muito restrita.

Finalmente, em 1997, foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que incluem, pela primeira vez na história do país, a dança em seu rol de disciplinas. Ainda de acordo com PCNs, os principais objetivos da dança seriam “valorizar diversas escolhas de interpretação e criação, em sala de aula e na sociedade, situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade e buscar informações sobre dança em livros e revistas e ou em conversas com profissionais” (BRASIL, 1997).

A inclusão da dança nos PCNs visava encarar o ensino da dança como uma atividade educativa, recreativa e criativa, e também propiciar situações para a construção do conhecimento, independente de se estar brincando, pulando ou dançando. Teoricamente a proposta de inclusão da dança nos PCNs é bastante significante para a nossa atual visão de educação, porém é preciso ser reavaliada a prática dessa proposta, pois o que temos não é um recurso para o aprendizado, mas uma forma de descanso, de diversão e, até mesmo um recurso na falta de conteúdo programático.

Nessa perspectiva, hoje a dança é compreendida por muitos por seu valor em si, muito mais do que um passatempo, um divertimento ou um enfeite. A dança é tão importante quanto falar, cantar, brincar, inclui uma riqueza de movimentos que envolvem corpo, espírito, mente e emoções, que enriquece a aprendizagem.


fonte: http://monografias.brasilescola.com/educacao/a-importancia-danca-no-processo-ensino-aprendizagem.htm

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