8 de junho de 2008

Todo Lado por Maneco Nascimento

Todo Lado por Maneco Nascimento


Não há quem, com bom senso, insista em dizer que não haja uma diversidade de novas propostas para o exercício a dança no Estado. Os novos maneios da brisa que a juventude canta e conta vem de uma geração de novos dançantes. Nos últimos dias 02 e 03 do ano em passos,o coreógrafo José Nascimento e a Equilíbrio, cia. de dança, apresentam a cidade o “TodOLadO”.
Espetáculo proposto para espaço alternativo, foi concebido e exibido na sala de ensaios da Casa da Cultura de Teresina. Não fosse só a novidade de atrair o público a local usado, a priori, a outras atividades afins, conseguir realizaram método pouco recorrente em espetáculos cênicos, de forma + assumida, com interatividade direta do público que espia a personagem que sofre a expiação. Tudo próximo, com a possibilidade do publico escolher o ângulo de onde pretendia acompanhar a performance do artista.
O cenário simples mais emblemático, móbiles a partir de canos de ferro galvanizado suspensos por linha distendida do teto davam a idéia de limites do dentro e do fora, por onde a platéia curiar a personagem e seu alter-ego, a personagem e seus desdobramentos refletidos em cadeia de movimentos. Cinco atores-bailarinos dividem em fragmentos planejados a vivencia, a solidão, o cinco em uno, os baixos e altos planos da media vida urbana nos círculos do ondular existencial. Há signos de amor, não-amor, prazer, intrigas. Láudano da periferia da alma humana sob os grilhões a fera animal.
A composição corporal impetrando a semântica a novos tempos; o estudo de figurinos intimista para os sóbrios e densos revezes do ânima; a pesquisa musical de variação sobre o mesmo tema e a densidade espacial dos corpos em expansão impressionista-expressionista marcam o croqui dramatúrgico. Dão ao grupo Valdemar Santos, Beth Battali, Kiara Lima, Bruna Coimbra e Cynthia Layana vida livre, longa e de estética continuada e plástica racionalizada. São quarenta minutos da mimeses do forte e do fraco, do masculino e do feminino, da imagem e do reflexo, do corpo e da alma, do dentro e do + dentro, mesmo que o de fato, forjando o retrato da cena revelando de todo lado. As inquietações humanas de qualquer um, que vivo, logo existencial.
Ponto para quem insiste no conflito, que em artes cênicas é moto-contínuo da manifestação teatral. Para quem não pôde acompanhar a estréia de “Todo Lado”, no inicio deste mês, não fique sem pernas. Mesmo para os que esperam conformados, poderão, em outra oportunidade apreciar um confortável laboratório de invenções de invenções da melhor humanidade.


Teresina 10 de maio de 2008.

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